De todos eles o realce vai para a realização do primeiro jogo oficial de rugby em Aveiro, resultado da homologação do campo da pista de atletismo do campus universitário, que permite que a equipa da Universidade passe a realizar aí os seus jogos - começando este domingo frente ao Famalicão - depois de ter utilizado o campo do Bairrada, que lhe tinha sido gentilmente cedido.
Outro facto importante no âmbito das competições nacionais, foi a decisão a FPR de não autorizar a subida à 1ª Divisão da equipa da Agrária de Coimbra, caso esta venha a ganhar o título da Segundona.
Esta decisão é resultado da reclamação apresentada pelo Caldas, e apesar de não satisfazer por completo os desejos dos que pretendiam que os agrários não pudessem participar na fase final do campeonato, repõe alguma moralidade na questão.
Quem não vai gostar mesmo nada da brincadeira é o Bairrada, e vamos agora esperar pela sua reação.
Pena foi que não tenha havido cuidado por parte da FPR no início da época, deixando desde logo tudo muito bem esclarecido.
Mas como foi apanágio desta direção federativa até agora, as competições nacionais parecem uma coisa chata que só incomoda, e que infelizmente se tem que organizar...
Na verdade o mesmo desinteresse continua noutras áreas, com uma soberba indiferença de quem manda em relação a quem se interessa pelas coisas do rugby, recusando-se a FPR a esclarecer as situações e provocando com isso uma sensação de bandalheira que em nada ajuda a credibilizar a modalidade.
Refiro-me à questão da ordem dos jogos das meias finais das duas principais divisões, que continuam a ser presente no regulamento em vigor como devendo realizarem-se as primeiras mãos nas casas das equipas classificadas em 1º e 2º lugar, mas que afinal se vão disputar nas casas das equipas classificadas nos 4º e 3º lugares.
Se houve um engano na publicação do Regulamento, mandava a boa educação e o bom senso, que se tivesse informado toda a gente do facto, se tivesse providenciado na alteração do artigo do Regulamento em questão, e se tivesse feito uma nota referindo essa alteração.
Mas não, Suas Excelências acham que não têm que dar satisfações a ninguém - ou então só as dão a parte dos interessados - e mandam todos os outros àquela parte.
Lindo exemplo para quem tanto reclamou dos supostos erros e diatribes da anterior gerência.
Por este andar, quando se for fazer a avaliação do que esta direção andou a fazer desde que foi eleita, não vai haver espaço para tomar nota de tanta falta de educação.
Voltando àquilo que nos devia unir, vamos fazer uma breve referência às meias finais da Prmeirona, com a viagem do Évora ao Porto, para disputar no Estádio Universitário, uma difícil partida, atendendo ao resultado conseguido pelo CDUP na semana passada, e pelo entusiasmo que se parece viver à beira do Douro.
A equipa portuense parece estar verdadeiramente empenhada em fazer um resultado que lhe permita encarar a deslocação a Évora com alguma tranquilidade, e a derrota do Évora em Cascais, apesar de se ter assistido a um jogo pouco tático e muito ofensivo, deixa algumas dúvidas quanto ao seu entusiasmo pela participação nesta fase final.
Quanto ao Montemor-Cascais, falta saber qual é o Montemor que vai jogar, se o das brilhantes exibições e vitórias da primeira fase, se uma equipa que está satisfeita apenas com a presença nos play off.
Se for a primeira daquelas equipa a entrar em campo, então o Cascais vai ter muito que trabalhar para não sofrer uma derrota que o pode atirar para fora da final, mas se for a segunda equipa alentejana a apresentar-se, então nada fará parar o poder ofensivo dos cascalenses.
Quanto aos jogos da Divisão de Honra, apenas uma certeza: a manterem-se as condições climatéricas, sem chuvas a estragar os relvados, vamos assistir a dois grandes jogos de rugby.
Claro que para isso jogadores, dirigentes e público devem ter em mente que é dentro de campo, de acordo com as Leis e o espírito do Jogos que as partidas devem ser disputadas.
Quanto aos árbitros esperamos que não se deixem intimidar com os ambientes e ponham na ordem em que tiverem que pôr, sem olhar a nada que não seja o bom andamento dos encontros.
Quanto aos habituais arruaceiros, vejam lá se têm juizínho e não estragam dois espectáculos de alto nível que podem e devem acontecer.
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