segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NA DIVISÃO DE HONRA, UM MAR DE CONFUSÕES!

DOIS JOGOS NÃO CONCLUÍDOS MARCARAM A NONA JORNADA da Divisão de Honra, e espera-se que a FPR tome medidas imediatas sobre estas situações.

São duas questões distintas e com certeza receberão atenções diferentes dos órgãos apropriados, já que se o Direito-CDUL terminou apenas com 20 minutos jogados, quando o Campo de Monsanto ficou impraticável por causa de uma avaria no sistema de iluminação, na Sobreda a história é bem mais confusa.

Não conheço os detalhes das cenas na Sobreda, que levaram o árbitro a interromper o jogo aos 20 minutos do segundo tempo, mas posso dizer, sem correr o risco de me enganar, que os jogadores e dirigentes do Benfica e de Agronomia deviam ter mais respeito pela comunidade e portarem-se como desportistas com responsabilidades, e não criarem situações que prejudicam a nossa imagem como um todo, e ajudam os nossos detratores a argumentarem contra as nossas exigências e reivindicações.

Cenas de óbvia má educação, desrespeito por companheiros, árbitros e adversários têm sido uma constante, especialmente entre as equipas do topo da Divisão de Honra, negando, pelo simples facto de acontecerem, a existência de uma elite desportiva dentro do rugby português.

Um jogador com pretensões a jogar em ligas mais competitivas, nomeadamente nas Ligas Européias ou nas seleções nacionais, e a freqüentar as academias da FPR, tem que ser um exemplo para todos, não apenas como atleta, mas também como Homem.

E tem também a obrigação de exigir aos seus companheiros de equipa ou de clube, que se comportem da mesma forma exemplar, por forma a que o ambiente em que nos movimentamos seja saudável e compartilhado livremente por pessoas que têm a mesma paixão.

Claro que os órgãos próprios da FPR irão punir quem se revelar culpado, sejam eles de que clube forem, mas a mancha que as duas equipas lançaram sobre a modalidade, essa vai levar mais tempo a passar.

A culpa, no entanto, não pode ficar reservada aos jogadores, e é longa a história de provocações e faltas de educação protagonizadas pelos dirigentes dos clubes de topo, que, infelizmente, não vêem os seus atos serem punidos, ou quando o são, não vemos as penas serem cumpridas, mesmo por quem tem o dever de ser o primeiro a dar o exemplo.

Quanto ao rugby, restaram dois jogos, o Académica-Técnico, que os conibricenses venceram por 29-23, mas com muitas dificuldades, não conseguindo repetir os volumosos resultados de jogos anteriores, e com o Técnico a registar o seu primeiro ponto de bônus, que o separa ainda mais da cauda da tabela.

A Académica conseguiu também o bônus de ataque, e perfila-se agora como uma ameaça ao grupo dos quatro, com uma viagem à Tapada na próxima semana, que pode ajudar a clarificar a situação.

Em Arcos de Valdevez, os arcoenses viram o seu direto competidor fugir mais um ponto, perante a sua incapacidade de conseguirem pelo menos o ponto de bônus defensivo, ao perderem com o Belenenses por 15-27.

O Belenenses, que não conseguiu o ponto de bónus de ataque, subiu ao segundo lugar, com um ponto de vantagem sobre Agronomia.

Finalmente em relação aos jogos que terminaram antes da hora, resolvemos não considerar o resultado do Direito-CDUL, já que nos parece pacífico que o jogo será concluído ou repetido, e, com 60 ou 80 minutos por jogar, tudo está em aberto.

O mesmo critério não foi seguido em relação ao jogo da Sobreda, já que a situação é muito mais delicada e o tempo de jogo que não foi utilizado, bem menor.

Assim, e até decisão final sobre a realização ou não dos 20 minutos em falta, vamos considerar o resultado de 11-14, favorável aos agrônomos, como o resultado oficial do encontro.

Quanto ao resto, os comentários já foram feitos e a nossa opinião bem expressa.

Resta dizer que Agronomia subiu ao terceiro lugar, e o Benfica desceu um degrau, por troca com a Acadêmica, e ocupa agora o sexto posto da tabela.

Foto: http://cdul.blogspot.com


VOLTAR A PÁGINA INICIAL