quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FINALMENTE OS FINALISTAS!

AGORA É QUE É! VAMOS FINALMENTE CONHECER QUEM VAI DISPUTAR os títulos das competições nacionais mais importantes, apresentando-se as quatro equipas da Divisão de Honra com possibilidades muito semelhantes para seguirem em frente.

No Estádio Universitário de Lisboa, o CDUL vai tentar chegar à sua primeira final desde que o sistema de play off foi instituído, na esperança de renovar um título que lhe foge desde 1989/90, mas a tarefa não será fácil frente a um Belenenses com todas as suas peças disponíveis regressado aos bons resultados, e depois do nervosismo que demonstrou na semana passada, parte para este embate com a vantagem (mais moral que outra coisa) de ter conseguido dois ensaios no Restelo.

Na 1ª mão os Belenenses mostraram mais organização ofensiva e determinação, mas também cometeram alguns erros defensivos que poderão repetir-se e determinar o desenlace da partida, mas o CDUL tem pelo seu lado a frieza de um chutador que quase não falhou em Belém, ao marcar todos os pontos da sua equipa.

Se não chover até sábado será com certeza um jogo em que as linhas atrasadas dos dois lados terão oportunidade de demonstrar o que valem, e presentear o público com a demonstração que o que se passou no dia 16 foi um acidente.

Será interessante verificar o que o Belenenses consegue fazer dos seus alinhamentos, e como se desenrolará a luta nas formações ordenadas, já que a equipa que menos errar e menos faltas fizer, terá provavelmente a vantagem do seu lado, para o lançamento dos ataque que todos esperamos ver acontecer.

No Restelo pouco vimos de encadeamento de movimentos, sequências organizadas de ataque e manifestação de saber o que se está a fazer.

Acreditamos que o mesmo não se passará no próximo sábado, e que a má impressão dará lugar a uma melhor imagem do melhor que o rugby nacional tem para oferecer.

Em Monsanto Agronomia desce para o relvado com uma escassa vantagem de quatro pontos e mais um ensaio marcado, mas não será fácil suster os ataques a que será sujeita, por um Direito que vai apresentar de novo os seus 13 internacionais, agora num campo que se espera venha a permitir um evoluir dos jogadores e um desenvolvimento das jogadas como não se viu na Tapada.

Comentámos após o jogo da 1ª mão a péssima impressão que nos deixou o jogo, com erros demasiado infantis de jogadores com muitas responsabilidades, e esperamos que desta vez isso não se volte a repetir.

O equilíbrio entre as duas equipas é muito acentuado, em particular nos avançados, e mais uma vez será nas linhas atrasadas que o desnível se pode fazer sentir.

Um facto que merece particular destaque em relação aos dois jogos da semana passada diz respeito ao comportamento do público e dos jogadores.

Aí sim, todos se comportaram com a educação, civismo e desportivismo que gostaríamos de ver sempre nos nossos campos.

Esta semana, com os apitos nas mãos de João Erse no Universitário e Pedro Murinello em Monsanto, esperamos que tal demonstração de civismo se repita, e que os jogadores se entreguem ao jogo pelo jogo, sem tentarem transformar os campos de rugby em arenas  romanas.

Na Primeirona o CDUP desce até Évora com uma considerável vantagem, e não será fácil para os alentejanos devolverem o resultado aos portuenses.

Na verdade estes, depois de um longo período de incerteza, que quase lhes tirava o acesso às meias finais, parecem ter encontrado o seu rumo e são favoritos ao apuramento para a final.

Em Cascais o Montemor vai tentar dar a volta aos quatro pontos que traz de atraso, mas será a equipa do Cascais a determinar o que se vai passar, já que a sua maior experiência e habituação ao piso da Guia jogam claramente a seu favor.

Os mouflons contudo são raçudos, e não vão passear a Cascais, pelo que, mais uma vez, se os cascalenses não se empenharem a fundo e se não puserem em campo tudo o que sabem e podem, arriscam-se a perder mais uma vez a presença na final, mas não será fácil a tarefa dos visitantes, e o favoritismo cai mesmo para a equipa da Cascais.

O jogo será com certeza muito disputado, e é um encontro de alto risco, pelo que a nomeação de um dos nossos melhores árbitro para o embate - António Moita - nos parece acertada, se bem que fosse esperada a sua presença numa das meias finais da Divisão de Honra.

Esperemos que a exemplo da Divisão de Honra, todos os envolvidos nos jogos de sábado da Primeirona saibam respeitar adversários e árbitro e que o rugby português dê, finalmente, no seu conjunto, uma imagem positiva de garra, conhecimento e desportivismo.

E que as terceiras partes possam ser festejadas como merecem.


Numa jornada apenas para cumprir calendário prosegue a Segundona, apuradas que estão as oito equipas que vão disputar a Fase Final - Famalicão, Guimarães, Agrária, Caldas, Técnico, Santarém, Loulé e São Miguel - e o nosso primeiro destaque vai para o desafio entre a equipa da Universidade de Aveiro e a Associação Prazer de Jogar - lembramos que na primeira volta os moliceiros derrotaram os prazerosos por 22-5, a sua única vitória deste ano - e a curiosidade de saber se a equipa do norte será ou não capaz de registar a sua primeira vitória da época.

Depois, já na zona centro, será interessante saber se os Javalis vão ou não conseguir o seu primeiro ensaio do ano, já que a vitória frente ao Caldas não tem hipótese alguma de acontecer.

Esse ensaio seria por certo uma bela prenda e um extraordinário incentivo para a equipa da Marinha Grande, e eu pessoalmente gostaria muito de ir até lá festejar esse feito.

Na zona da capital a nossa preferência vai para o Técnico-Belas, e a curiosidade reside em saber até onde a equipa de Sintra será capaz de aguentar um Técnico provavelmente recheado de todas as suas armas e a preparar-se para a Fase Final.

Aproveito para fazer aqui uma vez mais uma referência a uma certa injustiça que se vive com a participação de equipas satélite na prova, sem que o seu estatuto tenha sido estudado com as cautelas que a matéria exigia.

Esperemos que a próxima época traga uma maior verdade desportiva à tona de água, sem com isso pretender prejudicar os satélites.

Mas como as coisas se passaram não está certo, e as equipas de Lisboa bem se podem queixar do que aconteceu.

Finalmente em Loulé encontram-se os dois apurados para a Fase Final, numa das raras oportunidades que estas equipas tiveram de jogar!

O que se passou neste grupo foi uma vergonha, e já que estamos em época de cartões, é um vermelho direto para quem deixou que as coisas se passassem assim!

O facto de Loulé e São Miguel (e Vila da Moita) ainda existirem, não tem nada a ver com mais ninguém senão com os seus próprios jogadores e dirigentes, pois enquanto as restantes equipas da Segundona fizeram entre oito e 10 jogos, as equipas do malfadado Grupo Sul fizeram, nos mesmos três meses e  meio, apenas quatro jogos!

É preciso gostarem muito de rugby para ainda existirem!


Parabéns a estas três equipas!

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