A sua deslocação à Tapada da Ajuda, para defrontar Agronomia pode lançar a equipa para a conquista de um lugar entre os quatro finalistas, e ainda pode beneficiar de um terceiro desaire de Direito, que sentiu fortemente a saída dos seus internacionais para os jogos da seleção nacional.
O CDUL vai tranqüilo ao Restelo, já que, mesmo perdendo, continuará na liderança, enquanto o Direito terá que ter muita calma e lucidez para atravessar este difícil período.
Nas Olaias o CRAV vai queimar o que pode ser o seu último cartucho, pois uma derrota deixa os arcoenses praticamente de volta à 1ª Divisão.
Face aos últimos acontecimentos disciplinares, que não foram mais que uma gota de água, o Mão de Mestre não pode deixar de se solidarizar com os árbitros em geral, com uma disciplina de ferro por parte dos Orgãos Disciplinares da FPR e com a própria direção federativa em particular, caso se voltem a repetir factos que nos envergonhem a todos nós.
Mas o Mão de Mestre não poderá deixar de denunciar os responsáveis que não ajam, no âmbito das suas responsabilidades, contra este contínuo bombardeamento de faltas de educação, aplicando os regulamentos em vigor e elaborando outros quando se justifique.
Para punir quem quer que deva ser punido.
Os nomes dos principais arruaceiros do nosso rugby são conhecidos, como são conhecidos os campos e os clubes que alimentam estes actos de indisciplina.
Chegou a altura de acabar com a impunidade que nada ajuda à nossa causa, antes nos remete para um gueto onde estamos cada dia mais isolados.
Haja respeito, porra!
Os jogos do fim de semana.
Agronomia-Académica
Campo da Tapada da Ajuda, Lisboa, Domingo, 28-Nov, 15,00 h
Agronomia segue na terceira posição da tabela classificativa, é a menos produtiva das quatro equipas da frente, tem a segunda melhor defesa, e ocupa o terceiro lugar na tabela dos bônus.
A Académica tem o melhor ataque das equipas da segunda metade da classificação, a segunda melhor defesa do mesmo grupo, e tem o terceiro pior registo de bônus de todas as equipas.
Uma vitória dos agrônomos vai permitir a abertura de um fosso maior entre os dois grupos, mas uma vitória dos conibricenses vai gerar a maior revolução na estabilidade das equipas, e criar condições para a intromissão de um estranho no habitual grupo de finalistas.
A verdade é que a melhoria sentida no rendimento da Académica, e, em menor grau, do Benfica, vem dar uma luz nova à apreciação do valor relativo das equipas, e à própria idéia que ainda é defendida por alguns, da necessidade de reduzir o número de equipas na Divisão de Honra.
Na verdade, temos uma opinião completamente oposta, e achamos que um dos grandes problemas da falta de competitividade é precisamente o escasso número de equipas participando da competição.
As equipas têm que jogar mais, tem que ser postas à prova não durante três meses, mas sim durante seis ou nove meses.
E o primeiro passo para que se consiga isso, é aumentar o número de equipas na Divisão de Honra.
Direito-Benfica
Estádio Nacional, Oeiras, Sábado, 27-Nov, 12,00 h
O Direito foi das equipas fornecedoras de jogadores para a seleção nacional a que mais se ressentiu da saída dos seus jogadores, e perdeu os dois jogos que realizou desde então, e esta semana vai continuar sem poder utilizar esses jogadores.
Com estas duas derrotas os advogados largaram a liderança e caíram para um incómodo quarto lugar, ao alcance matemático do quinto classificado, e o que mais impressiona é a incapacidade da equipa em conseguir os bônus defensivos, quando perde.
Reparem que o Belenenses, Agronomia e Direito tem as suas posições definidas na tabela precisamente pelo aproveitamento neste quesito – bônus defensivo – já que se a equipa de Monsanto não registou nenhum e ocupa o quarto lugar, a equipa da Tapada tem um ponto defensivo e ocupa o terceiro lugar, e a equipa do Restelo conseguiu o bonús defensivo em duas ocasiões e ocupa o segundo lugar.
Ou seja, menosprezar estes pontitos pode ditar o destino de uma equipa, e ninguém se pode dar ao luxo de não conseguir os mesmos.
O Benfica tem o mesmo numero de pontos de bônus que o Direito, tem o terceiro pior ataque e a quinta melhor defesa, apresentado um saldo de pontos de campo negativo (menos 15), enquanto o Direito tem o melhor ataque da divisão, e a terceira melhor defesa, com um saldo de 161 pontos positivos, o segundo melhor atrás do CDUL.
Na época passada, a visita do Benfica a Monsanto saldou-se por uma pesadíssima derrota por 80-9, mas na primeira volta deste ano, apesar de vencer, o Direito não foi além de um 33-17.
Uma vitória de Direito vai dar tempo à equipa para se recompor dos desaires recentes, mas uma vitória do Benfica vai provocar uma aglomeração de equipas ali entre a quarta e a quinta posições, adiando ainda mais a decisão quanto aos finalistas da prova.
Belenenses-CDUL
Estádio Nacional, Oeiras, Domingo, 28-Nov, 15,00 h (alterado)
O CDUL foi também muito afetado pela cedência de jogadores à seleção nacional, mas soube adaptar-se e tomou as rédeas da competição, ganhando os dois últimos jogos, enquanto o Belenenses parece ter atravessado um período de crise com derrotas sucessivas para Benfica e Académica.
Os estudantes aproveitaram bem a situação, saltaram da segunda para a primeira posição, e abriram um intervalo em relação ao adversário deste fim de semana, de um para seis pontos.
O Belenenses tem o terceiro melhor ataque, a quarta melhor defesa e seis pontos de bónus, enquanto o CDUL tem o segundo melhor ataque, a melhor defesa e é a única equipa a registar pontos de bônus em todos os jogos realizados, oito até ao momento.
No último ano o Belenenses venceu o jogo correspondente por 25-20, mas perdeu na primeira volta deste ano por 32-25.
Técnico-CRAV
Campo das Olaias, Lisboa, Domingo, 28-Nov, 15,30 h
Nas Olaias vamos assistir ao duelo dos últimos, e se a derrota da equipa da casa não é fatal para o destino dos engenheiros, já a derrota do CRAV vai determinar muito provavelmente o regresso da equipa à Primeirona.
Na primeira volta o Técnico foi a Arcos vencer por 24-22, e apesar de ter praticamente o mesmo número de pontos marcados que os arcoenses (105/102) e ter o pior registo defensivo da prova, com 442 pontos sofridos em confronto com os 337 sofridos pelo CRAV, soube gerir bem melhor o seu rendimento e venceram também o Benfica na Sobreda, apresentando duas vitórias em oposição às nove derrotas do seu adversário do final de semana.
Também no respeitante a pontos de bônus o CRAV leva vantagem com dois contra um, e esses pontos são mesmo os únicos que a equipa minhota registou até agora.
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