Os agrónomos venceram os encarnados sem dificuldade por 85-12, um resultado que apenas confirma as fraquezas do Benfica, já evidenciadas na semana passada quando foram vencer o Belas mas onde, sobretudo na segunda parte, não conseguiram passar da mediocridade.
Agronomia parece em melhor forma, já que Direito apesar de continuar a vencer os jogos perdeu a capacidade de fazer circular a bola, dominar na defesa e, sobretudo, tem demonstrado uma indisciplina e ausência de estratégia que são não apenas surpreendentes como se transformam em preocupação.
Apesar destes momentos diferentes que as equipas atravessam, o jogo de sábado é de impossível prognóstico tal é a rivalidade que existe entre as duas equipas, que têm dominado o panorama rugbístico nacional desde finais dos anos 90.
Direito e Agronomia com sete vitórias cada um na competição, vão assim lutar pela segunda posição isolada na tabela das vitórias, que, com 48 edições disputadas, é comandada pelo Benfica com nove sucessos.
Nos últimos 10 anos Direito leva ligeira vantagem com quatro vitórias contra três de Agronomia, mas a equipa da Tapada conquistou o troféu nas duas últimas edições, batendo o Belenenses em 2009 e o CDUL em 2010, e vai assim lutar pelo tri.
AGRÁRIA APURADA PARA AS MEIAS FINAIS
Ao conseguir uma preciosa vitória nas Caldas por 13-3 a Agrária garantiu desde já o seu lugar nas meias finais do Campeonato da 2ª Divisão, ficando o segundo apurado da zona Norte/Centro por decidir apenas na última jornada, mas ao Caldas bastará não perder em Guimarães para acompanhar o seu adversário de hoje.
Tive hoje oportunidade de conhecer o Complexo Desportivo das Caldas da Rainha e confesso a minha surpresa pela qualidade posta à disposição do Rugby Clube da cidade, em particular pelo facto do campo principal do Complexo ser especialmente ocupado pelo rugby, em contraste com o que se passa em muito lado onde a convivência com o futebol acaba sempre por ser prejudicial para a nossa modalidade.
Quanto ao jogo a Agrária acabou por vencer bem, apesar de apresentar um jogo muito previsível e monótono, mas consistente e bem trabalhado, enquanto os caldenses demonstraram uma excelente capacidade defensiva e apenas em duas ocasiões foram impotentes para travar a maior capacidade atlética dos agrários.
Com uma defesa bastante agressiva, mas quase sempre dentro da lei, os jovens do Caldas pecaram apenas por isso mesmo, pela sua juventude, que não lhes permitiu ver que tiveram o jogo na mão, ao desperdiçarem quatro penalidades em excelente posição para serem tentadas aos postes e preferiram jogar à mão.
Nessa altura o resultado estava em 8-3 e a obtenção de pontos na conversão de uma qualquer dessas penalidades teria colocado a Agrária sob grande pressão, e talvez a boa capacidade de movimentação do ataque caldense pudesse ter feito o resto.
A este nível - uma fase final joga-se para ganhar - não se podem perdoar "penaltis" daqueles, e desta forma a viagem ao Minho no próximo fim de semana terá de ser muito bem preparada para que não sofram nenhuma desagradável surpresa.
Foto: Carlos Barroso
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