terça-feira, 25 de outubro de 2011

DH - DIREITO TROPEÇA E AGRONOMIA ISOLA-SE

VITÓRIA DE AGRONOMIA EM MONSANTO POR 20-18, castiga ingenuidade tática e afasta advogados da liderança conjunta.

Ganharam bem os agrónomos que aproveitaram da melhor maneira um "desplante" do Direito, e marcaram já no final do jogo, um ensaio transformado que valeu os quatro pontos da vitória.

O encontro teve alguns momentos de bom rugby - chegou a ficar parecido com alguns jogos do Mundial, mas em câmara lenta - com particular destaque para o ensaio obtido pelo jovem Vasco Fragoso Mendes, na conclusão de uma série de movimentos da equipa da casa.

Aliás como também foi muito bem assegurada a posse da bola pelos homens de verde, após o referido "desplante", que apenas deixaram Direito tocar nela, após a transformação do ensaio - e isto tudo começou a cinco metros da área de Agronomia, atravessou todo o campo e circulou de lateral a lateral, até ao ensaio marcado entre os postes.

Mas vale a pena fazer uma especial referência ao tal momento de ingenuidade direitista - a história conta-se em poucas linhas.

A certa altura os advogados, que estavam a ganhar por 18-13, beneficiaram de um pontapé de penalidade a cinco metros da área adversária e a 15 metros da touche.

Direito tinha duas opções - ou tentava chutar aos postes, aumentando provavelmente a sua vantagem de cinco para oito pontos, ou jogava à mão, assegurando a manutenção da posse da bola, que já era sua.

Mas não, a solução adotada foi a de chutar para fora, beneficiando de um alinhamento com sua introdução.

Esta ação, que vemos repetida por muitas equipas e por muitos campos é uma perfeita parvoíce!

Então uma equipa tem a posse da bola a cinco metros da área do adversário e chuta à touche para ir disputar a posse da bola num alinhamento???

Aquilo que de mais valioso o rugby tem é precisamente a posse da bola - como compreender que já a tendo assegurada se recorra a uma solução onde a tem que disputar de novo?

Compreende-se que se o pontapé de penalidade fosse a 25 ou 30 metros da área do adversário, poderia valer a pena ganhar terreno e correr o risco de disputar a bola, num alinhamento com sua introdução.

Mas a cinco metro da linha de meta, o que se pode ter ganho em termos de território? um metro, talvez dois.

E o que aconteceu é que apesar de introduzir a bola, Direito perdeu a sua posse na disputa do alinhamento, e na sequência disso veio a sofrer o ensaio que ditou a sua derrota.

Podem os teóricos argumentar como quiserem - não deixa de ser uma parvoíce ter a bola nas mãos e atirá-la fora!

Ou será que ter a bola nas mãos atrapalha? Não sabem o que fazer com ela? Estudem, inventem, treinem e aproveitem as situações, sem entregar o ouro ao bandido (sem ofensa!).

Com esta derrota Direito foi relegado para a segunda posição da tabela, apenas com um ponto de vantagem sobre o CDUL que ocupa a terceira posição.

A terminar a visita ao jogo de Monsanto, uma nota triste para a lesão sofrida por Jacques Le Roux - tendão de Aquiles - que o vai afastar dos relvados por alguns meses

O Benfica perdeu na Sobreda com o Belenenses por 25-16, e foi alcançado na classificação pelo seu adversário do dia, e pela Académica, com quem partilha a quinta posição com 11 pontos.

A Académica recebeu e derrotou o CDUP por expressivos 57-18, enquanto o CDUL derrotou o Técnico por 53-0 - os engenheiros continuam com a lanterna vermelha, sem ponto algum, e com uma média de pontos sofridos por jogo de quase 50.

Na próxima jornada CDUP e Técnico defrontam-se, com a fuga ao último lugar como prémio para quem ganhar...

Veja a tabela classificativa e todos os resultados, na nossa página dedicada à Divisão de Honra.

Foto: Agronomia On Line

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